Amigos que me seguem

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

SÓ EU


Gosto de ficar só,
No silêncio, na penumbra;
Para ouvir o meu coração...
Entender o meu pensamento,
Desvendar os meus segredos...
Compreender os meus alentos,
Animar os meus desalentos,
Discernir os meus enigmas,
Flutuar nos meus sonhos;
Reascender os meus desejos,
Dissolver os meus traumas,
Relaxar as minhas defesas.
Para me conhecer melhor,
E me mostrar sem máscaras,
Com um exterior transparente e verdadeiro.
Joana Rodrigues

QUERO FALAR



































Quero falar de uma saudade,
Que me faz um ser lunático a serpear...
Desenrolo fantasias para não enlouquecer;
A tua ausência se faz presença
Dolorosa na minha memória;
A tua existência torna-se por demais valiosa
Para o meu entendimento.
É um paradoxo
Este meu amor por teu desamor,
A minha paz por tua guerra,
O meu querer pela tua insatisfação.
Joana Rodrigues

SOU TEU ANJO





Sou teu anjo, meu arcanjo; tua mulher...
Sou teu berço, teu começo, meio e fim.
Sou teu amor e o teu tropeço,
Teu abraço marcante, teu fervor; tua amante...
Sou teu destino, e tu, meu menino, meu infante...
Sou tua água cristalina, quando por ti sou menina,
Exuberante quando mulher, tua amante...
Sou tua luz e a tua cruz, o teu prazer e o teu
sofrer, a tua paz e a tua guerra...
Um misto de amor e de dor, de rir e chorar,
De querer sem querer, de viver e morrer.
Joana Rodrigues

domingo, 24 de julho de 2011

Ah... O amor



Ah... O Amor...
Há sentimento ou outra denominação
Que se encaixe autenticamente
Neste efeito que nos toma?!
Tempestade que acelera,
Raio que incendeia,
Chama que nos consome...
E ele todo poderoso,
Do pó e das cinzas nos levanta, tal qual fênix;
Prontos,
Para começarmos tudo outra vez.

Joana Rodrigues

Quando o amor vale à pena


Machuca, massacra,
Suscita lágrimas onde outrora era riso,
Choro onde já foi alegria;
Magoa, escraviza,
Arranca lamento onde já fora gozo,
Amargura onde era harmonia;
Ô sentimento perverso
Que o homem reverencia,
E o denomina amor
Numa eterna sintonia...
Então eu pergunto:
E quando é que o amor vale à pena?
E logo vem a resposta:
Quando se transforma em poema.

 Joana Rodrigues